Dermatofibroma

Como sempre, procuro escrever sobre assuntos que sejam freqüentes em nosso meio, interessantes para quem está lendo e ao mesmo tempo esclarecedor, seja para a população em geral e também para colegas médicos que de alguma forma sempre acabam acrescentando conceitos e conhecimentos sobre algumas patologias. Esta matéria tem o objetivo de ajudar você a entender mais sobre dermatofibromas, um tumor benigno da pele muito frequente em nosso meio e também alertar o profissional médico da importância da excisão completa e cuidadosa do dermatofibroma, bem como o acompanhamento clínico do paciente após a retirada da lesão.

 

O dermatofibroma é um tumor bastante frequente que, normalmente, se manifesta após a puberdade.

O dermatofibroma evidencia-se como um nódulo de consistência firme e bem delimitado de tom rosa ou cinzento.

Embora possa haver apenas um, por vezes, podem aparecer vários. Podem surgir em todo o corpo, mas o tumor localiza-se preferencialmente nas pernas, ombros e glúteos. Depois de se desenvolver, permanece estável e não costuma provocar qualquer problema, provocando apenas em alguns casos um ligeiro prurido. É um tumor benigno, embora tenha a tendência a crescer profundamente, chegando as vezes a atingir a gordura subjacentes e a pele tem o potencial de crescimento agressivo e recidiva local.

Dermatofibroma é um tumor de tecido mole comum. Também é conhecido como um histiocitoma fibroso (é formado pelo acumulo de fibras e células do tecido conjuntivo, nomeados de histiócitos).

Dermatofibroma representa proliferação reativa benigna do fibroblasto na pele, se traduzindo por nódulos dérmicos múltiplos ou únicos, indolentes, firmes, mais freqüentemente localizados nas extremidades. Seu tamanho varia de 5 mm ate 1.5cm. São mais freqüentemente vermelhos ou marrom-avermelhados, mas também podem ser azul-escuros devido à deposição de hemossiderina (é um pigmento anormal microscópico de origem endógena, encontrado no corpo humano. Possui uma coloração acastanhada, sendo resultante da degradação de hemácias).

Dermatofibromas podem desaparecer espontâneamente, embora em muitos casos, pode durar indefinidamente.
No entanto, como eles são inofensivos e causar poucos problemas, o tratamento não é normalmente necessário, somente será necessária a remoção de um dermatofibroma se:

Causar incômodo estético ao paciente
Caso o médico tenha dúvidas do diagnóstico entre o dermatofibroma e seus diagnósticos diferenciais
Caso tenha sintomatologia como ardência, prurido ou dor
Caso esteja localizado em áreas com traumas constantes como nas pernas de mulheres que se depilam e houve sangramento
A remoção do dermatofibroma se dará, sob anestesia local onde através de uma incisão ao redor da lesão, o médico se preocupa em retirar toda a lesão. Após a retirada da lesão, as bordas são aproximadas com pontos, de preferência com delicadeza e com material apropriado, visando obtermos uma cicatriz pouco aparente.

Esquema cirúrgico, exemplificando a retirada de dermatofibroma:

Os pontos ficam no local por aproximadamente 7 dias. Após a retirada dos mesmos o local deverá permanecer com curativo que auxiliará a obtenção de uma cicatriz esteticamente aceitável.

O grau de recidiva (chance da lesão voltar) é muito grande, principalmente se o cirurgião deixar algumas das bordas com células da lesão, ou seja: a lesão tem que ser retitada por inteira, com uma margem de pele boa, e o paciente tem que ser alertado deste fato e orientado a lhe procurar se caso nova lesão apareça.

O patologista durante o exame de anatomo patologico ficará atento e se encontrar essas características em um dermatofibroma precisa alertar o médico da importância da excisão completa e cuidadosa acompanhamento clínico.

Qualquer pessoa que desenvolva uma nova massa, tumor ou lesão em sua pele, especialmente se for pigmentada, deverá ter a avaliação do médico dermatologista para lhe esclarecer e lhe orientar sobre a melhor conduta a ser tomada.

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