Leucodermia Gutata

“Sarda branca” ou leucodermia gutata?

Desmembrando a palavra: Leuko (branco) / Derma (pele) / Gutata (forma de gotas).

Manchas são alterações na pigmentação da pele que são causadas pelo aumento ou diminuição na produção de melanina.

Neste artigo falaremos de um caso típico de diminuição da produção de melanina, pelos melanócitos (células da pele responsáveis pela pigmentação e coloração da nossa pele).

As manchas são divididas em: Hipercrômicas (manchas mais escuras que nossa pele, o melasma, por exemplo), Hipocrômicas (manchas mais claras que nossa pele, exemplo de nossa discussão) e Acrômicas (manchas totalmente brancas, o vitiligo, por exemplo).

A leucodermia gutata, doença conhecida popularmente como sarda branca, é caracterizada por manchas claras (Hipocrômicas), com tamanhos que variam de 1 a 5 milímetros e que surgem principalmente nas pernas e braços.

Esta lesão é causada pela ação cumulativa da radiação solar sobre áreas de pele expostas ao sol de forma prolongada e repetida ao longo da vida, provocando alterações nos melanócitos, que deixam de produzir a melanina de forma normal, se mostrando em nossa pele, como manchinhas brancas. Pode também ser causada por traumas, machucados ou queimaduras.

É muito comum, que essas manchas, se sobressaíam no verão. Porque, conforme a pessoa fica bronzeada na área de pele que esta normal, o contraste com a pele aumenta e elas ficam mais nítidas.

Durante muito tempo o único tratamento recomendado era apenas a proteção solar, para evitar maior acúmulo de dano à pele, o que poderia estimular o surgimento de novas lesões.

Com a evolução da medicina e a procura incessante pelos pacientes para um tratamento de resultado para esta patologia, surgiram alguns tratamentos que trouxeram grande satisfação aos portadores da leucodermia gutata e aos médicos. Um deles, a crio cirurgia ou crio estimulação, com nitrogênio líquido, mostrou bons resultados no tratamento das sardas brancas.

 

Crio cauterização:

O procedimento é realizado no consultório, sem necessidade de anestesia, pois a dor é discreta e cessa rapidamente. O médico aplica um jato de nitrogênio líquido, exatamente do tamanho da mancha e por tempo muito curto. A área tratada sofre um congelamento imediato, que provoca uma “destruição” controlada, pelo médico, da pele afetada. Durante cerca de 30 minutos persiste uma sensação semelhante à de uma leve queimadura ou de coceira. Não há necessidade de curativo.

Nos dias que se seguem, formam-se crostas finas e escuras sobre as áreas tratadas, que levam de 2 a 4 semanas para se soltarem. Quando as crostas caem, a pele que surge ainda se mostra mais clara do que a pele ao redor, dando a sensação de que o tratamento foi ineficaz.

O que ocorre é que a pele nova, que substituiu a pele manchada, é mais clara que a pele ao redor, como uma cicatriz recente de ferida superficial. No entanto, aos poucos a repigmentação se inicia. Temos que ter paciência. É necessário expor a pele ao sol, antes das 10 ou após as 15 horas, para estimular a produção de melanina (pigmento que dá cor à pele), e isso vai ser orientado por seu médico, pois cada paciente tem que ser tratado de maneira personalizada. Fora destes horários, proteger a pele do sol.

 

Microeletrocauterização:

A Microeletrocauterização é outro método utilizado com bons resultados. Com o auxílio de um aparelho que emite uma carga elétrica suave, os pontos brancos são “queimados” um a um, estimulando células normais a ocuparem o lugar daquelas alteradas pela radiação. O resultado é considerado bom. Até 70% das manchas desaparecem. São necessárias de três a quatro sessões.

 

Dermopigmentação médica:

A Dermopigmentação, como já explicado em outros artigos, nada mais é que a colocação de um pigmento da cor da pele da pessoa sobre a área que esta acometida, ou seja, mais branca que a pele normal.

Esquema mostrando a Dermo pigmentação e a presença do pigmento na derme e epiderme, isto é o que diferencia a Dermo pigmentação da tatuagem.

A Dermopigmentação médica é um procedimento onde através de um dermógrafo (aparelho que através de rotação acoplado a uma agulha, pode-se implantar pigmentos de diferentes cores na pele do paciente), realçando a beleza, trazendo sofisticação e também corrigindo imperfeições, cicatrizes e pequenas áreas afetadas como, por exemplo, o vitiligo e a leucodermia gutata (sardas brancas).

Para os casos de correção a escolha da cor e da tinta, é fundamental para se ter um resultado satisfatório e homogêneo. O paciente é estudado, e neste estudo, diversas colorações do pigmento são testadas, para que chegue a um resultado satisfatório.

Este procedimento é normalmente indicado e realizado após a realização da crio cauterização, para aquelas lesões que não tiveram resultados.

É realizado com anestesia tópica. As lesões ficam mais escuras que a pele por um período de aproximadamente 10 a 15 dias. Neste período a área tratada vai clarear aproximadamente 50% e ai teremos o resultado desejado. Influencia no resultado a cor da pele, a qualidade da tinta utilizada o numero de pontas da agulha e os cuidados pós procedimento, adotados pelo paciente.

Os resultados variam de acordo com cada caso, mas mesmo nos pacientes com boa resposta ao tratamento, a melhora surge de forma gradativa. Observa-se que nem todas as manchas brancas sumiram e que, neste período, até surgiram algumas manchas escuras. A crio cirurgia com nitrogênio líquido mostra-se como uma boa opção de tratamento para as “sardas brancas” e, desde que utilizada adequadamente, por médico treinado para esta finalidade, pode atingir resultados bastante satisfatórios, os casos refratários, ou seja, aqueles que não responderam bem à crio terapia, indico a Dermo pigmentação, que trás ao paciente grande satisfação quando realizado por um profissional competente.

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