Doenças de Pele – Inverno

Com a chegada do inverno, nada melhor do que falar sobre as doenças de pele que se destacam nesta estação do ano. Ao contrário do que nós pensamos o inverno é uma época onde a pele é um alvo quase certeiro, principalmente para aqueles que não se cuidam. Este artigo fala sobre as doenças de pele no inverno e alguns cuidados que devemos adotar para evitá-las. Veja como curtir o friozinho gostoso do inverno livre das indesejáveis doenças de pele.

Culturalmente falando, nós já fomos adaptados, durante o verão, a não nos esquecermos de cuidar da pele; isso não quer dizer, no entanto, que no inverno podemos esquecer-nos desses cuidados. O tempo frio também é um grande inimigo da pele e o descuido pode gerar doenças dermatológicas sérias.

Erroneamente boa parte da população brasileira acredita que as doenças de pele se manifestam mais no verão. Grande engano dos que pensam assim. O frio do inverno aliado a banhos quentes e longos, roupas pesadas e diminuição da exposição ao sol, é responsável pelo surgimento ou agravamento de muitas doenças de pele, entre elas, as dermatites de contato e alérgicas, eritema pérnio, o fenômeno de Raynauld, urticária ao frio, dermatite seborréica e psoríase entre outras.

Os banhos quentes (o grande vilão do inverno), o contato com tecidos sintéticos ou lã e o vento, retiram a camada de proteção natural da pele, que fica mais vulnerável. Em contato com produtos irritantes, a pele apresenta alterações, como coceira, descamação, vermelhidão, ardência, dor, inchaço e rachaduras ou fissuras, que caracterizam as dermatites.

Essa camada de gordura, o “manto lipídico”, é essencial para manter a hidratação da pele e ajuda na proteção contra a penetração de bactérias e fungos. Seu enfraquecimento deixa a pele seca e mais sujeita a coceiras e alergias. Além disso, áreas como virilha, axilas e pés ficam vulneráveis a infecções.

Unhas, cabelos e lábios também precisam de atenção. No frio, os lábios ressecam e partem, precisando de hidratação. O cabelo é especialmente maltratado por causa da combinação água quente e secador. As unhas, muitas vezes negligenciadas, enfraquecem com a desidratação e podem quebrar e descamar. Toda vez que você sente sua mão seca, suas unhas também estão secas. Por isso, ao passar um hidratante, não se pode esquecer-se delas. As unhas são também uma importante porta de entrada de infecções.

Se as micoses são os problemas dermatológicos mais comuns do verão, no inverno são outras doenças que se destacam.

 

Psoríase:

A sintomatologia da doença é a aparição de placas avermelhadas com escamas grossas e brancas, principalmente nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Algumas vezes, ela atinge as articulações, o que remete a um quadro mais grave. De causa genética, ela se agrava dependendo de alguns fatores ambientais, como o frio.

Não há maneiras de evitar a doença, já que ela surge de uma predisposição genética, associada a fatores ambientais, hábitos entre outras causas. É uma doença que não tem cura, mas pode ser controlada. A dica é se precaver. Um pouco antes de o tempo esfriar é importante começar um tratamento de hidratação intensiva com cremes específicos.

Eritema Pérnio:

O eritema pérnio está ligado à má circulação sangüínea e atinge as áreas que ficam mais expostas ao frio, como o rosto e as mãos. Causa edema, vermelhidão e coceira. No inverno, é importante que as pessoas se protejam, usando luvas, aquecendo a casa, evitando exposição ao vento, usando cremes e até tomando algumas medicações que visam melhorar a circulação sangüínea.

Fenômeno de Raynauld:

No chamado Fenômeno de Raynauld, a doença se manifesta em três estágios. No primeiro momento, a pele fica branca, depois roxa e, no fim, avermelhada. Isso acontece num intervalo curto de tempo. Entre os sintomas está a apresentação de extremidades frias e ardência, estando freqüentemente associadas a doenças reumatológicas.

Urticária:

A urticária ao frio acontece rapidamente, apresentando placas edematosas, que provocam inchaço na pele.

O problema acontece com maior incidência nas áreas que ficam expostas, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, causando coceira e ardência. O ideal é se aquecer, tomar medicação antialérgica e evitar a exposição ao frio.

Dermatite seborréica:

Trata-se inflamação crônica da pele que surge em indivíduos geneticamente predispostos, tratando-se, portanto de manifestação constitucional. As erupções cutâneas características da doença ocorrem predominantemente nas áreas de maior produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas.

A causa da dermatite seborréica é desconhecida, mas a oleosidade excessiva e um fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele afetada estão envolvidos no processo. A maior atividade das glândulas sebáceas ocorre sob a ação dos hormônios androgênicos, por isso, o início dos sintomas ocorre geralmente após a puberdade. Nos recém nascidos também podem ocorrer manifestações da doença, devido ao androgênio materno ainda presente.

Para entendermos melhor a pessoa que tem dermatite seborréica , normalmente tem sempre caspas em couro cabeludo, nas sobrancelhas e fica com a área central da face mais avermelhada e as vezes com crostas. A região atrás das orelhas também é acometida.

A dermatite seborréica tem caráter crônico, com tendência a períodos de melhora e de piora. A doença costuma se agravar no inverno e em situações de fadiga ou estresse emocional.

As manifestações mais freqüentes ocorrem no couro cabeludo e são caracterizadas por intensa produção de oleosidade (seborréia), descamação (caspa) e prurido (coceira). A caspa pode variar desde fina descamação até a formação de grandes crostas aderidas ao couro cabeludo. A coceira, que pode ser intensa, é um sintoma freqüente nesta região e também pode estar presente com menor intensidade nas outras localizações.

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