Este artigo tem como objetivo descrever ou informar a população sobre uma técnica cirúrgica utilizada em um grupo de pacientes orientais para formar uma prega na pálpebra superior, associada ou não à cirurgia de blefaroplastia (retirada da pálpebra superior).

 

PALPEBRAS

O primeiro relatório documentado do reforço da pálpebra asiática veio na segunda metade do século XIX por um cirurgião japonês chamado Mikamo.

Este cirurgião, declarou que a pálpebra única, sem o sulco, era uma forma “monótona e impassível de se ver o rosto” que contrariava o que “escritores e pintores da época consideravam como um indicador da beleza.”

Popularidade de ocidentalização palpebral como procedimento que dominou a década de 1980.

A ocidentalização estética tem no Japão e na Coréia do Sul a popularidade da lipoaspiração no Brasil. Hoje ganha esta popularidade aqui no Brasil e em outros países como os EUA e estima-se que 14.000 pessoas, sobretudo em São Paulo e no Paraná, submetam-se a cirurgias de ocidentalização a cada ano, o dobro do que acontecia há 10 anos.

A cirurgia de ocidentalização das pálpebras tem sido um dos procedimentos mais procurados pelos jovens dos países orientais e por orientais que vivem no Brasil, com finalidade de se obter um toque mais harmonioso à face.

O contato dos povos orientais com a cultura e povos da Europa e Estados Unidos, deu início a uma era de intercâmbio cultural, comercial e industrial, trazendo como conseqüência mudanças nos padrões de vida, nos costumes e nos valores estéticos.

A ausência do sulco palpebral superior (ausência de dobra na pálpebra superior) e o excesso de bolsas de gordura na região lateral da pálpebra superior e epicanto medial (prega de pele na parte medial do olho) motivam os orientais a realizarem essa cirurgia plástica.

Quando realizamos a cirurgia, procuramos não mudar as características do paciente, até porque esta não é a finalidade. Fazemos a dobra na medida que é comum nos orientais para que o formato do rosto não seja alterado.

Temos uma técnica com corte para criar as ligações entre a pele e o músculo, que é a mais realizada e com resultados definitivos, e outra sem corte, apenas com pontos que levam algum tempo para criar o sulco e pode não ser definitiva.

A cirurgia plástica é relativamente simples e rápida. Consiste em retirar parte da gordura existente nas pálpebras superiores e, na maioria das vezes, também de uma tirinha fina de tecido muscular para eliminar o aspecto inchado, típico dos rostos orientais. Depois, é feita uma “dobrinha” em cima dos olhos, através da fixação da pele ao ligamento palpebral superior (os orientais ao contrario dos acidentais não possuem esta fixação).

Para que tenhamos bons resultados ao realizarmos a cirurgia de blefaroplastia superior em pacientes asiáticos, ou a cirurgia para formação de prega palpebral (“ocidentalização”), o médico tem que conhecer bem a anatomia da pálpebra oriental.

Em alguns casos, o paciente retira também o excesso de pele que pode ficar acumulado no local.

Pode ser realizada com anestesia local, e em bloco cirúrgico
Os cuidados pré-operatórios começam com uma avaliação e pedido de exames pré-operatórios como se fossemos realizar uma blefaroplastia (retirada da pálpebra) convencional. E nesta avaliação cuidadosa identificaremos com precisão a melhor técnica cirúrgica, que é diferente para cada tipo de individuo, devendo- se avaliar:

• A presença de pregas uni ou bilaterais,
• A altura e comprimento palpebral,
• A espessura das pálpebras,
• Presença ou não de assimetria que é muito freqüente,
• O formato palpebral,
• Os tamanhos de fenda palpebral, assim como a inserção e altura dos ligamentos cantal medial e lateral,
• Presença de problemas visuais.

O procedimento de ocidentalização das pálpebras, como já dito, é considerado como se realizássemos a retirada da pálpebra através da cirurgia da blefaroplastia e o procedimento assim como as orientações pós-operatórias são as mesmas, ou seja:

Duração do procedimento:

Aproximadamente 1h e 30 min.
Tempo de internação: Day hospital, ou seja, assim que puder paciente é orientado e liberado para casa.

Pós-operatório:

Equimoses (manchas roxas) e edema, desaparecerem em 5 a 7 dias. Dor é rara e analgésicos comuns resolvem. Fundamental não coçar e nem esfregar os olhos. Fazer compressas geladas a cada 30 min. nos primeiros dias ajudam a diminuir o inchaço. Não tomar banho sol.

Observação importante:

Neste procedimento há necessidade de que o médico seja habilidoso a fim de evitar lesões que comprometam as pálpebras.

Cicatriz:

A cicatriz fica praticamente inaparente, e ficara onde há a formação deste novo sulco palpebral, com vermelhidão em alguns casos que podem permanecer até 3 meses e que pode ser disfarçada com uso de maquiagem.

Retirada dos pontos:

Quinto dia

Retorno as atividades:

5 a 7 dias

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